espiritismo mundial

domingo, 14 de setembro de 2014

grande manancial

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Grande manancial

DIÁRIO DA MANHÃ
WEIMAR MUNIZ DE OLIVEIRA
Com o advento do Consolador prometido por Jesus, nosso Divino Mestre – a 3ª Revelação, ou Doutrina dos Espíritos –, instalou-se no planeta Terra a era do espírito e, simultaneamente, da razão, que se deu no dia 18 de abril de 1857, em Paris, com a publicação de “O Livro dos Espíritos”.
Essa surpreendente obra ostenta, com solar clareza e inaudita simplicidade, em espontânea e vivaz síntese, os três aspectos cardeais do conhecimento: filosofia, ciência e religião.
Allan Kardec, em “A Gênese”, quando se refere ao Espiritismo  como ciência de observação, assim se expressa:
Espiritismo: Ciência de Observação
“Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual. Ora, como esse último princípio é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o princípio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro. O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo”. 
O Espiritismo, tendo por objeto o estudo de um dos elementos constitutivos do Universo, toca forçosamente na maior parte das ciências; só podia, portanto, vir depois da elaboração delas; nasceu pela força mesma das coisas, pela impossibilidade de tudo se explicar com o auxílio apenas das leis da matéria”.
2 – Em “Luz do Caminho”, o ilustre mentor espiritual de Chico Xavier, Emmanuiel, sob o título Grande Manancial, concede-nos excelentes e oportunas reflexões, em assuntos que nos dizem respeito.
Diz, de início, que a consolidação da crença está condicionada à maturação intelectual e, sobretudo, espiritual.
Refere-se às questões filosóficas e científicas como condicionadoras da mente e do coração, para que, de razão e sensibilidade mais apuradas – que representam a essência do conhecimento –, possa-se ter acesso aos aparentes mistérios da vida, da imortalidade e do Criador.
Vejam-se as sentenças do autor: 
“Meus Amigos,
Deus vos conceda muita paz. O Espiritismo abre hoje a sua porta de esperança e de fé para todas as criaturas.
Não são poucos os que se sentem seduzidos pelas suas claridades maravilhosas, todavia, não duvideis de que a consolidação de uma crença está subordinada a uns tantos fenômenos íntimos que somente o coração de cada um pode testemunhar.
A Doutrina Consoladora dos Espíritos procura levar a todos os estudiosos a centelha de suas luzes divinas, seja elucidando o caminho complicado da ciência do século, seja esclarecendo os mais complexos problemas filosóficos.
3 – Assevera que a humanidade está sempre preocupada com as questões algébricas, ao passo que diminuta parcela tem a visão suficiente à penetração dos celestes arcanos da Criação, daí decorrendo as mais absurdas teorias:
Entretanto, uma pequena percentagem de investigadores pode compreender a sua grandeza.
Habituados às equações algébricas, os espíritos cientificistas da época não lhe percebem a modalidade moral e religiosa, dentro de suas expressões consoladoras.
As mais extravagantes teorias são inventadas para reduzi-la a um mero sistema de hipóteses, à maneira da ciência humana que se transforma todos os dias, nas suas feições transitórias.
4 – Afirmando que a compreensão do Espiritismo é de fato própria somente daqueles cujas mentalidades se desenvolveram suficientemente ao longo dos séculos, dos milênios, encerra:
O subconsciente, a ilusão, os fenômenos alucinatórios são chamados para a eliminação de suas verdades e é daí que chegamos à conclusão de que o Espiritismo só pode ser aceito pela mentalidade individual, depois de profundamente sentido.
A sua doutrina pode ser estudada em todas as suas minúcias e no caminho das melhores experiências, todavia somente o coração que já experimentou esses grandes momentos da vida, poderá interpretar-lhe a magnitude.
Aproximai-vos, assim, desse grande manancial, convictos de que a sua água cristalina de verdades eternas pode saciar-vos a sede de amor, de consolação e de conhecimento.
Estudai e aprendei. A curiosidade e a duvida são os pródromos de toda a sabedoria, porém, nesse vasto caminho de revelações do Infinito, há necessidade de muito sentimento para a compreensão grandiosa das grandes verdades da vida.
Que guardeis em vossos corações esse elevado propósito, é o desejo sincero e a súplica a Jesus do amigo humilde.”
Referências:
1 - FEB – 52ª edição, cap. I, item 16, p. 29/30.
2 - Idem, idem, item 18, 2º parágrafo, p. 31.
3 - Editora CEU-SP – 1ª edição, 1992, p. 93/95.
(Weimar Muniz de Oliveira, presidente do Lar de Jesus, ex-presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas/Abrame e da Federação Espírita do Estado de Goiás/Feego, membro do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira/FEB, e-mail: weimar.adv3@gmail.com)

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